Carol/Ana - Capítulo 7

Ana entrou na sua rua quando avistou alguns carros da polícia parados perto de sua casa. Imaginou que iria passar por mais algumas perguntas na tentativa frustrante da polícia encontrar o assassino de seus amigos. Estava quase se aproximando da casa quando viu Daniela e Heberto saindo de sua casa. Percebeu então que ela já havia contado a polícia quem era a assassina. Abaixou-se rapidamente e entrou em um carro que estava aberto. Era um carro da polícia.
De dentro da casa também saíram o delegado Kennedy e a agente Claudia. Kennedy pediu que os jovens esperassem em seu carro que ele iria levá-los em segurança até suas casas. Os dois foram.

- Eu vou levá-los para casa, vá até a delegacia e peça para o agente Rodrigo vim ficar de vigia aqui na casa dela. Eu já avisei ao tio dela e ele concordou.
- Eu poderia ficar.
- Não, você já teve sua chance e falhou. Não quero mais falhas nesse caso.
- Eu falhei?
- Você conversou com a assassina logo hoje cedo e não percebeu nada? O que aconteceu com a agente que sozinha prendeu o maníaco do refrigerante?
- Ela não parecia ser a assassina!
- Nem todos parecem, você sabe disso!
- Mas era apenas uma garota, como eu iria desconfiar?
- Não reclame e vá atrás do agente Rodrigo. Eu vou arrumar um modo de mostrar a foto da jovem nos noticiários.
- Certo senhor!

Claudia esperou indignada que Kennedy fosse embora com os jovens e então foi até seu carro, entrou, colocou o cinto de segurança, foi colocar a chave na ignição quando percebeu um olhar pelo retrovisor. Tentou olhar para trás, mas rapidamente sentiu a sacola plástica que estava em seu banco envolver seu rosto. 
- Lembra de mim agente? 
Claudia tentava inutilmente retirar a sacola de seu rosto, a dificuldade de respirar aumentava a cada movimento que ela fazia com a cabeça. Tentou, num ultimo impulso pedir ajuda, jogando seus braços para frente, pressionando com toda a força a buzina do carro.
O tio de Carol ouviu o carro da polícia tocar perto de sua casa e supôs que o policial queria algo. Enxugou as lágrimas de tristeza por descobrir que sua sobrinha era uma assassina e saiu.
Ana apertou mais forte a bolsa até as mãos da agente caírem no ar, trazendo o silencio de volta para a rua. Respirou fundo, tirou rapidamente a arma que se encontrava no coldre da cintura de Claúdia e saiu do carro.

- Carol? É você? - Falou seu tio atrás dela. Ela se virou bruscamente.
- Olá titio!
O tio de Carol começou a correr. Ana levantou a mão que segurava a arma da agente e apertou o gatilho. O tio caiu no chão. Ela se aproximou dele. Ele ainda estava vivo, a fitando assustadoramente.
- Por que? Por que Carol?
- Porque eu não sou ela.
Pressionou a arma contra a orelha do tio. Ele fechou os olhos. Ela atirou.

Nenhum comentário: