Carol/Ana - Capítulo 4

Após o velório, Eduardo resolveu ir direto para sua casa, ainda estava abalado demais pelo que havia acontecido com a Bruna. Ao chegar à rua de sua casa, Eduardo avistou Carol sentada na sua calçada.
- Carol? O que você faz aqui?
- Eu precisava muito falar com você.
- Vamos entrar. Por que você não foi no velório da Bruna?
- Eu não me senti a vontade de ir.
Ao entrarem, Ana abraçou Eduardo por trás, o jovem estranhou aquela atitude, então virou-se para ela. Todos sabiam que Eduardo se apaixonara por Carol desde que a conheceu, infelizmente o destino fez com que Carol começasse a namorar com Heberto, seu melhor amigo.

- O que você está fazendo Carol?
- Fica comigo?
- O que?
- Só por uma noite fica comigo?
- Mas você namora o Heberto.
- E daí? Sabemos muito bem que você sempre foi afim de mim.
- Mas...
- Além do que o Heberto só ficou comigo porque foi dispensado pela Dani.
- Carol, isso não está certo.
- Eu perdi minha mãe, perdi uma amiga. Nada na minha vida está certo. E eu só lhe peço, fique comigo uma só noite?
- Carol, eu não sei o que dizer, além do mais, meus pais podem chegar a qualquer momento. Deixa eu pegar alguns trocados. Vamos sair, conversar.
Eduardo vai se afastando dela quando é atingido com força pelo vaso de mármore que enfeitava a sala, caindo no chão inconsciente. Só acordou 30 minutos, depois que um balde de água fria caiu sobre seu corpo. Ana, ainda segurando o balde, encarava Eduardo, que se encontrava amarrado numa cadeira da sala, completamente despido.
- O que porra você está fazendo Carol?
Ana levantou o vestido, mostrando que estava sem calcinha, e sentou em cima de Eduardo.
- Deixe eu lhe contar uma historia. Era uma vez um casal muito simpático, mas ao mesmo tempo muito insuportável. O homem não parava de resmungar e a mulher não parava de chorar. Depois da morte do homem a mulher suplicava para a assassina, uma jovem muito meiga e educada por sinal, para que ela não fizesse nenhum mal ao seu filho. Ficou repetindo “Não machuque o Eduardo, por favor”.
- Sua puta, o que você fez com meus pais?
Ana da um tapa no rosto dele.
- Deixe de ser deselegante e não me atrapalhe. Continuando, cof cof, depois da suplica da mulher a assassina olhou bem no fundo dos olhos da mulher e disse: "Sinto muito, mas é justamente por causa do seu filho que você está morrendo agora".
- Eu juro que se você fizer alguma coisa com meus pais.
- Eu já fiz querido. Os corpos estão lá no quarto, mas eu vou lhe poupar de ver essa cena.
- Por que você está fazendo isso Carol? – Pergunta Eduardo, agora em lágrimas.
- Pra resgatar uma velha amizade.
- A Bruna? Foi você quem matou ela também?
- Foi, mas ela foi mais fácil.
- Você não presta Carol.
- Você queria comer a namorada do seu melhor amigo e eu é quem não presto? Mas a Carol nunca amou você, muito menos o Heberto. Ela era apaixonada por um cara que nem sabia que ela existia, coitada. Mas você hem? Eu ia lhe dar um divertimento de despedi e você nem pra deixar isso ai duro.
Ana se levanta e joga outro balde de água nele. Em seguida pega um pano de prato e coloca na boca dele. Depois vai até o telefone e puxa o aparelho do fio, deixando o fio desencapado ligado na energia.
- A energia causa uma dor insuportável em uma pessoa até leva-la a morte. Imagina o que não faria em você que está todo molhado.
Os olhos de Eduardo pediam por misericórdia, mas Ana decidiu ignorá-los. Saiu da casa uma hora depois sob o cheiro de queimado do corpo de Eduardo. Estava bastante satisfeita.

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