Sonhos Fatais

“Um sonho, é apenas um sonho!!!”


Breno pensava repetidamente enquanto corria no meio daquela floresta. O caminho era estreito e as árvores estavam repletas de galhos que arranhavam seu corpo. Sentia o cansaço chegando, a sua respiração começou a ficar ofegante. Apertou a mão e sentiu o frio e o peso do revolver que carregava. A criatura que o caçava deu um urro assustador, a coisa mais grotesca que os ouvidos de Breno já ouviram. Pensou em parar para atirar, mas desistiu, sabia que seria em vão e que só iria perder mais tempo.


“Apenas um sonho” pensou mais uma vez, dessa vez trazendo uma lágrima ao seu rosto. Pelos passos velozes sabia que o monstro que o seguia estava mais próximo. Virou rapidamente a cabeça para trás para ver se conseguia enxergar alguma coisa naquela floresta escura. Nada. Tentou olhar para frente, mas tropeçou em um tronco que estava solto na floresta. Primeiro veio som do baque do seu corpo caindo no chão, depois apenas alguns segundos de silencio que logo foi quebrado pelo som da sua respiração trêmula.



 “Apenas um sonho”


Seus olhos avistaram a criatura se aproximando bem vagarosamente. De longe, parecia uma pantera negra deformada com olhos avermelhados. Seus dentes de sabre estavam manchados de sangue.

Breno levantou a mão que portava a arma e atirou na criatura, o tiro não causou dano algum, apenas fez a besta urra com mais raiva.  Sem pensar direito, Breno levou então a arma e a apertou sobre sua própria testa. Suas mãos tremiam. Seus olhos só viam uma vista embaçada por conta das lágrimas.


 Posso até morrer, mas não será por você” – Foi a ultima coisa que pensou antes de puxar o gatilho.



O despertador na cabeceira da cama tocou, avisando que o dia já havia amanhecido. Cristiane nem precisou abrir os olhos para desligar o despertador. Acostumada a dormir de bruços, virou o corpo para cima e só então abriu os olhos para olhar para o teto. Sentiu algo úmido no seu rosto e cabelo, passou os dedos e viu-os voltarem ensanguentados. O vermelho nos dedos ativou seu cérebro para acordar o seu corpo todo, que em um impulso saltou da cama como se ficar ali apresentasse algum tipo de perigo. 
Agora, em pé, seus olhos conseguiam decifrar a origem do sangue. Vinham da parte de trás da cabeça de seu marido, Breno, que dormia a seu lado. O corpo de Cristiane então ficou paralisado. Seus olhos vidrados no corpo do marido e na cama toda ensanguentada. A visão do sangue novamente fez seu cérebro acordar, e sem entender nada do que ali acontecia, gritou o mais alto que pôde.


7 comentários:

Unknown disse...

Gostei do texto, vou acompanhar para saber o que vai acontecer, fiquei bastante curioso!

Unknown disse...

Tenso...

Unknown disse...

U.U Massa velho

Hover disse...

Muito bacana, vou acompanhar também.

Uma sugestão: adicione um gadget que permita que você liste páginas importantes do blog. Com ele você pode criar um índice dos contos e facilitar a navegação do usuário no material que você já escreveu.

Anônimo disse...

Gostei! Vou acompanhar!

Anônimo disse...

Iniciei o livro Sonhos Fatais e uma coisa muito interessante que achei neste livro. Sonhos. Me prendeu e tenho certeza que os amantes do mesmo irão se apaixonar também.
Parabéns pela iniciativa de publicação do livro. Sucesso!rc

Anônimo disse...

"Apenas um sonho", surpreendente, curioso e transporte dentro do conto.