Épido


A mulher tentou gritar, pedir ajuda, mas foi em vão, sua boca estava amordaçada, suas mãos amarradas na cabeceira da cama. O único ato voluntário que conseguiu fazer foi fechar os olhos quando o facão na mão do agressor descia sobre a cabeça de seu marido. Manteve os olhos fechados, rezando, implorando a Deus que aquilo fosse um sonho, que logo acordaria. Sentiu a agressor subindo por cima dela, sua mordaça sendo retirada da boca, respirou fundo e abriu os olhos. Lá estava o rosto do garoto, dezessete anos mais jovem, com um sorriso louco e olhos de admiração.
- Por quê? Porque você está fazendo isso?
- Porque eu sempre lhe amei, e me doía saber que você nunca ficaria comigo
- Não seja louco, eu não poderia, sou sua mãe, você não entende a loucura disso tudo?
- Entendo que se não posso ter você, ninguém mais poderá.
A mãe não teve tempo de dizer mais nada, sentiu a faca entrando em seu peito. O agressor fechou os olhos, beijou-lhe a boca. A mãe morreu enojada com aquele ato, se arrependendo de ter dado amor demais aquela criança.
O filho ficou deitado com a mãe até o dia amanhecer, acabou adormecendo umas duas ou três vezes, mas sempre coisa rápida demais. Depois acordou de vez, deu um outro beijo na mãe e jurou “Eu te encontrarei em outra vida, uma vida onde nosso amor não seja proibido”. E então, se matou!

Motel Assassino


O homem gordo estava deitado no colchão d’agua completamente nu se vendo no espelho de teto sem se importar se estava ou não fora do peso, enquanto a prostituta, uma mulata alta que fora encontrada na quinta avenida, fazia seu trabalho de vai e vem sobre o pênis do cliente, com um pouco de dificuldade por causa da barriga dele. O gordo fechou os olhos, preparou-se para gozar, a prostituta olhou para ele, preparando-se para fingir um orgasmo quando viu a cabeça do gordo afundar no colchão d’agua, que começou a sufocar-se. O colchão ia prendendo a cabeça do homem criando uma nova forma. O homem a empurrou e começou a debater-se, enquanto o colchão o sufocava e prendia o seu corpo. Fora da cama a prostituta tentou tirar as unhas para tirar o colchão da cara dele quando ouvindo um sorriso vindo do teto. Ela olhou assustada para cima, viu seu reflexo sorrindo para ela, tentou correr, mas foi em vão, o espelho despencou-se sobre seu corpo nu.
Quando a arrumadeira entrou no quarto tomou um choque. Encontrou os dois corpos ensangüentados sobre o vidro quebrado. Soltou um grito abafado e correu para chamar o gerente. A porta não quis mais abrir. Começou a rezar para nossa senhora de Guadalupe quando escutou movimentos atrás dela. Olhou para trás e viu a prostituta sorrindo para ela. Nenhum grito mais foi ouvido então.

Fim!!!

Desejos Noturnos


O olho dele acompanhou o corpo dela através do forte luz que piscava naquela boate. Chegou junto. Começou bem, perguntando se poderia pagar alguma bebida para ela, e depois de três martinis a pergunta evoluía para: Na minha casa ou na sua? E a casa escolhida foi a dela. A casa com o imenso jardim se localizava em uma rua sem saída. A sala era enfeitada com estátuas de homens e mulheres nus. Ele foi se adiantando e enquanto desabotoava a camisa ia logo lhe beijando a face. Ela pediu que ele não se apressasse muito. Levou o visitante até seu quarto e lá pediu que ele tirasse a camisa e se deitasse na cama. Ela foi até a gaveta e pegou duas tiras de um suave tecido. Pegou as mãos do visitante e amarrou sobre a cabeceira.